Angelina de Rosa Pena

Angelina, mulher algo divino,

conta a vida nos anos do marido,

que aos sessenta anos, bem vividos,

é a própria razão do seu destino.

Mãe de uma menina e um menino,

cuja educação se encarregou...

Não se lembra ao certo se gozou

algum prazer do corpo feminino.

Angelina, um doce de candura,

era formada em arquitetura,

que lhe dera talento culinário.

Fazia bolos de planta arrojada...

Não fosse uma dorzinha enjoada

faria em vida seu aniversário.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/01/2006
Reeditado em 27/01/2006
Código do texto: T104792
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