Lembranças do Passado

Não tenho ao que me agarrar

Não há lembrança forte o suficiente

Parece que não tem nada pendente

Não há nada que me faça querer voltar

As situações são meros vultos

Que passeiam livremente pela minha mente

E não há mais segredos ocultos

Parecem lembranças de um corpo já não mais quente.

Fico a perguntar se as presentes lembranças

Também vão ser dizimadas pelo tempo

Ou se terei sorte de relembrá-las com esperança.

As lembranças são tão leves que se movem com o vento

E não há pedra que pare essa constante mudança

Só me resta agora aceitar a dor do esquecimento.

Luiza Paes de Barros Beltramini
Enviado por Luiza Paes de Barros Beltramini em 24/06/2008
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T1048966
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