Complacente com meus delitos,

Sem o inefável pretexto indolente.

Esta pérola tão anil dos teus olhos.

Estes que adornam o corpo perene.

 

Uma alma com tantos desacertos,

O encimar em asas e um palpite.

O ultraje ao princípio dos estímulos,

Que trazem da essência o limite.

 

E então do auspício pairou a lua.

Enlaçando o entardecer envolvente,

Delineando o céu em formosura.

 

Pois na exaltação incólume e nua,

Abandonei o efêmero e o inexeqüível.

Dito enfim que tu sejas tão Pura.

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 02/07/2008
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