O Eterno Retorno
Não, não fugirá o teu espírito jovem
Num cérebro, o único a te esperar
No calvário de um amor de tanto amar
Tudo o que flui jamais perde a desordem.
Vivo, amo, escrevo, para ela que esquece
Renúncia na cova dos ossos meus
Terá o verme a volúpia dos olhos seus
Lábio repugnante que carcome e tece.
Outrora nos pesadelos da paixão
No canto escondido de um coração
Se o nosso amor virou um sonho.
O festim de Hera e o morto tristonho
Nas fontes tristes de um olhar bisonho
Redimido dos pecados da razão.
DR MENDELEV