O Eterno Retorno

Não, não fugirá o teu espírito jovem

Num cérebro, o único a te esperar

No calvário de um amor de tanto amar

Tudo o que flui jamais perde a desordem.

Vivo, amo, escrevo, para ela que esquece

Renúncia na cova dos ossos meus

Terá o verme a volúpia dos olhos seus

Lábio repugnante que carcome e tece.

Outrora nos pesadelos da paixão

No canto escondido de um coração

Se o nosso amor virou um sonho.

O festim de Hera e o morto tristonho

Nas fontes tristes de um olhar bisonho

Redimido dos pecados da razão.

DR MENDELEV

Dr Mendelev
Enviado por Dr Mendelev em 07/07/2008
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T1068722
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