De um cinzeiro

Cem veludos que arrisco vêm do Instinto?

...Pra, enfim, ter o Prazer tudo o que sinto?

Muito embora compare um deus a um cão;

Que, senhor de si, nem vai ao banheiro(..).

Mas comporta-se feito um cão de rua!

E do açougue a um bar, grunhe e continua...

Até morder quem dá um pedaço inteiro

Da mais pura afeição de asa estendida

(De anjo, que é mais poético? Não! Claro

Que não! Mas de coruja e cria! E paro

Pra sentir finalmente o que é já a vida)!

Mas outro eu quis por último soneto(:

Calmo e arfante)! Mas... não me comprometo...

Beija-flor de asa negra e rubra, então!

a 04 de Julho de 2008