O NOBRE CANGACEIRO





Vinha da alma do nobre cangaceiro,
aquela paz de um cabra renitente;
trazia no olhar tranqüilo e insolente,
a ternura voraz de um desordeiro.


Ao seu carinho tremia o mundo inteiro,
perante o ódio passivo e comovente;
sempre possesso de ira e sorridente,
mas bondoso e cruel, e companheiro.


Um ser nocivo, meigo e envolvente,
o defensor da paz era valente,
porém sincero na sua traição.


Para quem amava deu um mausoléu;
para adentrar o inferno, orou no céu
e aos que nunca fez mal, pediu perdão...

Ravatsky
Enviado por Ravatsky em 12/07/2008
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