SONETO DE UMA SAUDADE

Soneto da Saudade

(Sócrates Di Lima)

Quando a saudade desponta.,

devagarzinho, como um entardecer.,

o meu coração dilata e aos poucos desmonta,

e faz-me triste, quase a fenecer.

Como chuva fina,

Que ao final de tarde beija a terra.,

A saudade ao entristecer a alma, ensina.,

Que quando o amor se ausenta, a alma decerra.

Saudade, palavra de dimensão profunda.,

Simbolizando a distância entre corações entrelaçados.,

Trazendo a nostalgia das lembranças que se abunda,

Trazendo lágrimas e desejos esmiuçados.

Saudade....palavra mórbida quando um amor se vai,

É quando o ser o qual amo, de repente se distancia.,

Faz-me melancólico, e o tédio meu pensamento atrai,

Tornando-me doente,

dependente desse amor em sua supremacia.

Ah! essa saudade que me faz pedir guarida,

Saudade louca que me queima a alma.,

Sangra o peito sem mostrar ferida,

Dilacera o coração e me faz sem calma..

A impaciência me domina e me estremece,

Vivo vigilante nas noites embriagadas de nostalgia,

Sem sono, meu corpo padece.,

E pela saudade desse amor distante, morro a cada dia.

Ah! essa saudade desse ser aventureiro,

Que chegou sorrateira e me faz perder na minha fantasia.,

E perdido por causa desse meu coração sem freios,

Que em devaneio amou quem não devia.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/07/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1090116
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