Dilúvio

Pedir aos céus para esquecer sua lembrança

Implorar ao vento que leve esta memória

Cair de joelhos diante da Lua, aos prantos, por mudança

Olhar estrelas iluminando a noite e rogar pelo fim da história.

É tudo em vão, mentir para o mundo que disse adeus

Pois quando meus olhos vão por aí levam junto os seus.

Não há força no mundo que me conceda o esquecimento

Apenas o deus-tempo, enquanto cada segundo queima no peito.

De meu paraíso, anjo caído, passou ao inferno,

A me torturar neste jardim tumular.

O que conseguiu foi ser meu tormento eterno.

Dançando sobre sentimentos, fazendo castelos no ar.

Fantasiei um ser tão doce, que se desfez no mar.

Só... tão só, o que não existe fico agora a procurar.

Gisele de Andrade
Enviado por Gisele de Andrade em 21/07/2008
Reeditado em 15/01/2009
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