Soneto de Amor - II



Tem som de crepúsculo o meu sonho,
Que deponho num ninho de tempo
Tino de sentimento, terno enfronho
Que disponho neste arquejo sedento.

Brotamos distantes, elipses poentes
De nascentes e irrequietos destinos,
Tão cristalinos, em êxtases efluentes
E desejos cadentes de tons andinos.

Tu, Dádiva, habita toda minh'alma
Silhueta calma, nascente de essência.
E tua existência em meu ser, se espalma!

Toca-me, serei teu impávido infrator,
Teu doce sabor. Profane a inocência,
Incendeie a coerência do nosso amor.




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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 28/07/2008
Reeditado em 22/11/2018
Código do texto: T1101456
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