PESCADOR (cor)

(corrigido)

PESCADOR

Chega de longe a procura do reverendo,

Galope corisco e queimando as ventas.

Não percebe nem quem lhe está vendo

Mas de súbito a correria vira passadas lentas.

Não se sabe quem é o cavalheiro taciturno,

Emissário oculto de algum malfeitor.

Veste escura camufla-se noturno

Andarilho solitário, sedento de amor.

Sopra-lhe aos ouvidos o vento frio

Envolvente, provocando imenso calafrio,

Até aos bens vestidos e agasalhados.

Não fala nada se espera que “adivinha”,

Onde se vê o final é a ponta da linha,

Depois do anzol, agarra-se os pescados.

Goiânia, 31 de março de 2006.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 04/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T1111752
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