Súplica de Amor

Ó meu amado, onde andas, que eu não te vejo,

E se quando chega a noite eu adormeço,

Desejando o sentir que eu não sobejo,

Mas que em meu leito, te quero e mereço.

Ó meu amado, sei que tu, me procuras,

E tens; tens por mim, muito mais que apreço,

Me encontras em tuas insanas loucuras,

Devaneios que eu sorvo em breve lampejo.

E na esperança de sentir teus olhos ,

Sobre meu corpo pesar, eu te rogo,

Venhas, não tardes demais, venha logo.

Quero num mesmo compasso o epílogo,

Ser apenas o marco dos inícios,

Princípios tantos, deste amor, em vícios!

Nice Aranha