Soneto das Almas
Vejo sempre flores no que há um beijo
Treva púrpura da morte tão obscura
A vista infeliz funérea figura
Jovem do ártico temível desejo.
Temporal crepúsculo vil não vejo
Marmórea Pitonisa branca jura
Volúvel e silenciosa mistura
De inocência e sofrer bruno cortejo.
Adorno lúgubre de flores negras
Daquelas almas cálidas com lágrimas
Assombrosas de um pranto de fiel lástima.
Tolerar uma angústia triste sem regras
Marés do ser taciturno em pelagras...
De alguma dimensão escura nas últimas.
DR SMITHY