NEGAÇÃO DO MAL
 
 
 
 
 
 
Na cumplicidade da madrugada quieta e morna
ouço o farfalhar de folhas e o sussurrar do vento
que ao beijar rosas orvalhadas, a paisagem adorna
num convite instigante a libertar cada pensamento
 
À distância, caminhos marcados pelo passo silente
No espaço, brumas imaginárias alegram e dançam
O ruído das horas sacode o torpor que é presente
Do repouso, o riso e o pranto, o pensar balançam
 
O cenário de secos arbustos e árvores frondosas
Revela um misto de terra árida e flores formosas
Formando uma estranha e mui duvidosa parceria
 
Diante da tristeza que se amalgama com a alegria
Afasto incômodas amarras sem delas ter saudade
Nego a fôrça do mal, sigo namorando a liberdade