Apenas poeta

Não entendes esta minha ausência,

nem mesmo o porquê desta minha dor.

Apenas fruto do meu estranho amor,

que se confunde com minha demência.

A fuga cujo medo me detêm,

esmaga os meus sonhos e a vida.

Abre no peito a estranha ferida;

Que esta dor e amor… em mim contém.

Não há vida que agora me sustente

e não há dor, que seja permanente.

Apenas um homem que se esqueceu…

Vivo agora no limbo dos meus sonhos,

tragando a esmo meus versos risonhos.

Posso dizer… este homem não nasceu.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 15/08/2008
Código do texto: T1129270