Reticências de luz

Não haverá versos mais tristes

Do que estes que eu faço agora.

Em meu peito um pranto resiste

O desencanto dessa hora.

Choro por nós, por esta vida

Por tudo que ficou demais

Gotas de lágrimas sentidas

Destilam agora a nossa paz.

Não haverá versos mais tristes

Do que estes, eu sei que não

Em mim muito de você existe

E foi bom, foi... foi bom

Agora é esperar pelo tempo

E esquecer este amor andaluz

Guerreiro, extrovertido, violento

E viver reticências de luz.

Carmen Reis
Enviado por Carmen Reis em 19/02/2006
Reeditado em 17/02/2010
Código do texto: T113769