Amor, amargo amor
Amor, amargo amor
Estas lágrimas que orvalham meu rosto,
Queimam-me como amargo sereno...
Um amargo amor, um amargo veneno,
Que flagela meu coração decomposto.
Oh! um amor que me prometia tanto...
Que talvez me libertaria desta cruz;
Conduzindo-me até as asas da luz...
Mas, acabou afogando-me em pranto.
Hoje em meu peito cuja dor é demais,
Os sinos da ventura não badalam mais!
E com palavras de pura melancolia,
Erguerei um túmulo, onde sepultado,
Deixarei meu amor sempre tão rejeitado!
Pois não há melhor tumba que a poesia...
Washington M. Costa