O Vôo do Corvo

O Vôo do Corvo

Mergulhado no melancólico torpor

Da solidão dos noctívagos umbrais,

Proferia o poeta maldito, o escritor:

“Oh angustiosa dor, nunca mais!

Hoje me entrego a fada do absinto,

Ao horror, a insensatez e à poesia!

E sorvo num escarlate vinho tinto,

O desdito e eterno vapor da boêmia.

A tristeza da vida hoje me envenena,

E a doce beleza da Morte me inspirou

A compor a mais extraordinária cena.”

E naquela umbrosa noite o corvo voou,

Sob a inspiradíssima e fúnebre pena

Do bardo do terror... Edgar Allan Poe.

Washington M. Costa

Washington M Costa
Enviado por Washington M Costa em 25/08/2008
Código do texto: T1145243
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