Soneto da desesperança
Minha esperança não vê a aurora,
Ela vaga ao longe... Triste e morta,
…diante do meu fim batendo à porta,
Sem expectativas ou qualquer escora…
A esperança... é sentimento findo,
Um fruto dos dissabores de outrora…
O infortúnio porque meu peito chora,
... Triste piada de que não estou rindo.
Se um sorriso, em meu rosto aflora,
O Destino o esmaga... o deflora!…
A esperança é confusa... é torta,
Ela nasce me consome, e vai embora…
Feito um verme que a vida devora,
Ou uma mão amiga que não conforta.