Soneto a Joana D’Arc
Rendo-me a teus gládios, oh camponesa!
E em teu semblante de Visionária infanta,
Onde fulgura o halo da mais linda Santa,
Repouso minha fé e disperso a tristeza.
E sob teu sacro estandarte de flor-de-lis,
O sangue derramado no campo de batalha
Transmuta-se numa pura e santa mortalha,
Na morte bela e divina que eu sempre quis.
Expurgue os dias tristes e vazios de mim,
Que prometerei ser fiel a ti até o meu fim...
Oh, alva virgem, oh, helênica Santa singela,
Queria tanto viver contigo, bela guerreira,
E junto a ti nas cálidas chamas da fogueira,
Dizer: liberte-me, ó Joana, santa donzela.