Soneto a Joana D’Arc

Rendo-me a teus gládios, oh camponesa!

E em teu semblante de Visionária infanta,

Onde fulgura o halo da mais linda Santa,

Repouso minha fé e disperso a tristeza.

E sob teu sacro estandarte de flor-de-lis,

O sangue derramado no campo de batalha

Transmuta-se numa pura e santa mortalha,

Na morte bela e divina que eu sempre quis.

Expurgue os dias tristes e vazios de mim,

Que prometerei ser fiel a ti até o meu fim...

Oh, alva virgem, oh, helênica Santa singela,

Queria tanto viver contigo, bela guerreira,

E junto a ti nas cálidas chamas da fogueira,

Dizer: liberte-me, ó Joana, santa donzela.

Washington M Costa
Enviado por Washington M Costa em 28/08/2008
Reeditado em 30/06/2016
Código do texto: T1149569
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