Turvos Amores

Delicada pétala - chorosa e só.

Esse amor tão assim, dói em mim,

dói no coração; tal dor: sem fim.

Afinal, amor que me torna pó...

Amor: hidromel divino, vil nó;

minha forca, estaca presa à ti.

Como, turvo amor, entraste aqui?

Meu coração, castigado como Jó.

Turvas águas, amores doloridos,

enegrecem-se os amores coloridos

e perdem-se na solitária imensidão.

Vácuo de amor; oceano de dureza,

turvas águas onde se bebe tristeza

e afoga-se na profunda solidão.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 28/08/2008
Código do texto: T1150241
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