Fada Ternura

E vão-se as lindas formas da ternura

o canto da avezinha, a sensação.

Tempo que tudo pode e sempre dura

canto que me destrói com sua mão

O morrer de ternura foi meu lar

a sombra que mais doce me abraçava

o tema sempre bom do meu rezar

a rosa que mimosa eu mais beijava

Vezes essa ternura mão de fada

era a suave cor da madrugada

ou as bênçãos azuis dum meigo céu

E vezes alisava a minha estrada

e carregava a minha cruz pesada

- mãe eu chamava à fada e já morreu.