Atrás da freira

Quando faço as minhas letras desbocadas

faço coro com as verdades mais mundanas

que dispensam os sofismas das taradas

que são damas, mas que sonham ser profanas!

Bato forte nos culhões dos comportados

porque a vida no real é uma pauleira;

também gosto dos versados delicados

mas não gosto de esconder-me atrás da freira!

Descomplico o meu caminho por aqui

falo cama, ao invés do tal do leito,

e confesso que jamais um santo eu vi!

Meu desejo ultrapassa meus limites

no olhar que eu projeto no infinito

muito além das reprimendas e palpites!

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 01/09/2008
Reeditado em 27/10/2008
Código do texto: T1156969
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