O CIÚME

Navalha fundo o coração, o ciúme

Cortando na raiz qualquer esperança

E o amor a reprovar doentio costume

Recua pela inveja da tola insegurança

O tolerante e puro amor sofre e chora

Mas no limite de sua sobrevivência

Se ameaçado, não hesita ir embora

Por nunca ceder pra vil conivência

Divino é o amor que não padece

Fortalecido em nosso íntimo querer

Extraindo-lhe a desconfiança que entristece

Nem dando força que não deve ter

Ao ciúme que a relação enlouquece

Quando dono dela alguém pretende ser

Jairo Lima

Jairo Lima
Enviado por Jairo Lima em 02/09/2008
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