MARIO QUINTANA

Rua da Praia, final de tarde, com passos lentos,

Na bela calçada, decorada em preto e branco,

Trazendo consigo novos poemas no pensamento,

Para burilar, enquanto descansa, no velho banco.

Na sua rotina diária, desde seu ninho no Majestic,

Até os pássaros reconheciam o som de seu pisar,

Quando vinha na praça sentar de paletó e todo chic,

Trazendo no bolso guardado, todo o seu Quintanar.

Cabelos brancos, olhar sereno, cigarro nos dedos,

Príncipe dos Poetas, que o Brasil reconheceu...

Dizia que sua escola, foi a vida que lhe deu.

Hoje, quando se ouve, a passarada a cantar,

E o tuc,tuc... de bengala, e de sapato arrastar!

É o Poeta voltando à Praça pra poder se inspirar.

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 25/02/2006
Reeditado em 03/01/2007
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