Soneto à Flor da Pele

O Soneto foi escrito pelo meu Amigo José Flauzino Alves (Juca);

Soneto à Flor da Pele é o responsável pelo nosso reencontro, após longos dezessete anos. Um feliz encontro, brindado com a mais bela poesia.

Juca, não se considera poeta, no entanto, seu soneto recebeu da Academia Cachoeirense de Letras, Menção Honrosa.

Já convidei-o para fazer parte da família dos Recantistas, vou insistir, será muito bom ter o Poeta e Amigo querido conosco.

Divido com meu amigos do Recanto esse belo soneto, apresentando José Flauzino Alves.

Soneto à Flor da Pele

(José Flauzino Alves)

Foge-me ébria a razão antes tão segura,

Logo que as pétalas soltam o aroma.

Ofertam néctar que o desejo toma,

Regem os prazeres que o amor moldura.

Faz-se alheio o mundo que não se doma,

Luzir as cores que a carne procura;

Outro, o gozo seguinte... enfim loucura:

Reino dos sãos, se num mesmo idioma.

Fervem eriços na pele, então, nua...

Arte do beijo em aderente afago;

Talvez dos dentes, que indo além tatua...

Ira-se o sangue... inunda-se o que é vago...

Mata-se e morre-se... até que... atenua...

Afável pouso na face de um lago...