A inveja que nos mata

Não quero mais dizer do que me abrasa

ninguém me peça mais que fale ou diga

- ontem contei da casa que me abriga

a casa pega fogo e logo é brasa.

No vaso o lindo cravo sorridente

quem o vê o deseja e quer levar

- agora dona Lina diz à gente

que a inveja da vizinha o fez murchar.

Pensei que o meu amigo de verdade

tudo faria pra me dar prazer

por esse amor lhe disse a puridade.

Tanto bastou pra dele discorrer

a mais funda leveza da maldade

que da inveja bebe a iniquidade.