Pálido brilho, de luzes de bruxaria
Flores negras sobre alcova deixada
Igual a brisa que meu sonho embalsama,
Entre nuvens de um desejo eu dormia!
Poseidom rei do Mar! Em noite fria
Agita as águas que embalam tantas vidas
Forte bravo que em nuvens d’alvorada
Sonhos são mergulhadas, e lá esquecidas!
Deus do Olímpio sereno! O peito palpitando...
Nos olhos azuis de um mar se abrindo...
Formando espumas nuas, alcova resvalando...
As águas te riem, lindo anjo!
Quantas noites o sereno levou-te o pranto!
Quantas correntezas por ti afogaram-me sorrindo!