IMAGEM DE TI

Se a vida pusesse, diante de mim,
o ser que eu mais canto e exalto em poesia,
aquele que espero em anseio sem fim,
me diz, coração, como eu perceberia?

Será que diante dos olhos morenos
(segredos guardados que eu não conheci),
serei eu capaz de saber, pelo menos,
que o meu “grande amor” é o que está bem ali?

Sou pobre poeta, à mercê de uma idéia,
e espalho as gavinhas, tal bela ipoméia,
igual floração a explodir, rosa-choque...

Jamais eu desisto, inda que me provoque
a perda da paz e uma espera sem graça:
-desbravo um caminho, que a vida não traça.



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