UMA SOMBRA NA ESCURIDÃO

A paz que outrora na vida sentia

Já não é companheira da desvanecida alma.

Foi-se a luz, e não restou alegria,

E o vil sofrimento dissipou toda calma.

O corpo padece o suplício silente

Da dor que não finda por não ter sua cura.

Com a alma arrasada, que alegria não sente,

A carne definha e a cova procura.

E assim vão passando lentamente os dias

Não sente o peito nem mesmo a dor da saudade

Pois a noite sombria sob o sol se prolonga.

Quer o corpo descer a uma cova vazia

Para a alma viver em sua eternidade

E a negra escuridão fenecer em sua própria sombra!

Nádia Mourão
Enviado por Nádia Mourão em 13/09/2008
Código do texto: T1176788
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.