SEGREDO

Mas se quiserem saber quem sou por você,

Digas que eu sou apenas um poeta errante;

Aquele que mente que ama para poder ter,

Vagabundo das noites e ilusões delirantes.

Nunca digas do amor sincero que eu te dei,

Nunca propague as dores que por ti passei;

Recuses sempre em dar a boa informação,

Nem fales as coisas de meu pobre coração.

Não reveles nada de nós, deixa em segredo,

Porque são deles que tenho o grande medo;

De ser condenado para cadeia das vaidades.

Negues que o teu coração também foi meu,

Nem contes momentos que foram verdades;

Só nossos, intensos, escondidos. Meu e seu.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 14/09/2008
Reeditado em 14/09/2008
Código do texto: T1178157
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