Andar

Andar, andar, andar - eu ando.

Meu andar é tão incomparável,

tão meu andar é algo inviolável

e cada passo sob meu comando.

Andar, comer, dormir - eu amo!

Eu que me mantenho intocável

e com passo largo e inexorável

marcha minha é de dia e pranto.

Ando - como se o dia fosse derradeiro

caminho na praça sem destino.

Meu passos recordam-me o dia inteiro

recente noturno e longe matutino.

E recordo-me do meu passo primeiro

e vejo-me um poeta tão menino...

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 15/09/2008
Código do texto: T1179583
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