Adeus...
O adeus é um gérmen da saudade,
que brota e floresce, e ganha o mundo.
Ele enraíza tanto, e tão profundo,
que mata pouco a pouco a liberdade.
Todo adeus tem um quê de majestade
que avassala um coração fecundo:
Semeia, rega, e guarda, bem no fundo,
os grânulos do amor e da maldade
que desabrocham juntos e se vão...
até que a vida imerja, à metade,
em sua mais profícua servidão.
Desfaz-se, da razão, a insanidade!
E, de insanos súditos, se vão...
juntar a novo adeus nova saudade.