CANTO

Ponto inicial, é o que faz do meu poema,
minha alavanca... Meu ponto de partida
surge de um canto exclusivo; consolida
novas escolhas, até que eu não mais tema

me deparar com um beco sem saída.
A minha mente é redonda e meu dilema
é não poder me livrar da luz suprema,
é não saber esconder, bem atrevida,

alguma coisa num canto, reservar
alternativas ou novo patamar,
uma quimera, precisa em sua forma.

Se aquela imagem na mente se deforma,
decanto ao canto a possível esperança:
meu desencanto, na toca, não descansa...



[Baseado no mote do poesia on-line de hoje,
mas também inspirado em  ". inicial"  do Amargo...]

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