O COMEÇO, É PELO AVESSO


Se sufoco o meu grito e perco a deixa,
e se aflito o meu canto desafina,
resta pranto, um buquê que assim se enfeixa,
e o porquê dessa mágoa cristalina.

E se trago a saudade sob um freio,
e me invade o desejo de mudar,
está dentro de mim o que mais creio;
uma ação que dispensa qualquer par.

É uma luta que vença o que há de errado
e analise a conduta, o modo interno,
deixe o inferno e procure um outro foco,

pois, por mais que perdure o bem sagrado,
se jamais for meu mundo, o que governo,
o exterior não atinjo, ou mesmo toco.

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