Olhos Verdes

Pepitas de esmeraldas reluzentes,

Visão de duas pedras, jades brutas,

Safiras esculpidas pelas lutas

Dos saqueadores pelas tuas lentes.

Verdes maçãs, pecaminosas frutas

Sem madurez, impuras e inocentes,

Brotos selvagens, puros e indecentes,

Adornos vãos de virgens prostitutas.

Quando a visão em teu verdor eu ponho,

Tu me arrebatas para a Natureza

E adentro verdejante e alegre sonho.

Aí não vejo predador nem presa;

Em meio às folhas, camaleão tristonho

Festeja nos teus olhos a Incerteza.

Thiago Leite
Enviado por Thiago Leite em 19/04/2005
Código do texto: T12093