Sem querer
Certas folhas são feitas de terra,
E na guerra em batalha a seu nome,
São a fome, ou navalha que emperra
E que berra, ou rejeita um pronome
Que não dome a incerteza da falha.
Se não calha a rimar rua estreita,
Letra deita em seu mar que retalha
Não espalha em tristeza à direita,
Noutra seita se esquece em tentar.
Em cismar, certa folha de escrita,
Irrestrita na escolha algo honrar,
Foi parar nesta prece, transcrita
E predita em um vento e sem bolha
Não desfolha o intento de um mar.