Duras Pragas
Nestas duras pragas vejo-me perdido
No mar a fúria do mal carcomendo
Pelas paixões das bestiais prevendo
Sangrando nas chagas do amor sofrido.
No indagar vil o pergaminho lido
De erros desconcertantes vou morrendo
Ao ver a seva viver no tormento
Ponta que fere o amador ferido.
Cego nos males da surdez bradando
Arando mares de ninguém por cá ando
Deitando prantos na triste enganosa.
Manias e cicutas no orbe tomando
Amo tanto esta bruxa lacrimosa
Sem sossego a penar na paixão odiosa.
DR PAVLOV