TRISTE ENTARDECER DE MAIO

 

 

Enclausurei todas as minhas lembranças

Há tempos saí da tua vida... desolada!

Ventania a turvar-me a visão banhada

Em lágrimas de mágoas e desesperanças!

 

Assolaram-me os rigores das intemperanças

Agrilhoando a fútil dor entranhada!

Bifurcaram-se os caminhos dessa estrada

Inumando as indefesas esperanças!

 

Na convicção inocente de criança

Fui conduzida por paixão desregrada!

Restando só o vazio n’alma enlutada

 

Onde reinou a ousadia e confiança!

E a funda ferida no peito marcada

Tornou-se estigma de quem ao amor se lança!