(Soneto n. 11)

Rêverie

Rever agora, em bem doce lembrança,
tudo o que me restou daquela alegria


pinta, em magia e devaneio, a noite fria
e deixa-me essa dor, madura herança.


Hoje, que eu não sou mais uma criança,
pesa-me talvez a viuvez, e essa letargia
machuca-me a carne em sensação vazia,
machuca-me a Alma em dor que trança.

Há o silêncio de estranhas dimensões,
recordação que se faz muito presente,
arrastando as minhas antigas emoções


No entanto, tudo passa ... tudo escorre.
É só sonho recorrente (de antigamente)
se faz-me febre, breve some, breve morre.

***
Silvia Regina Costa Lima
12 de outubro de 2008

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 16/10/2008
Reeditado em 20/03/2012
Código do texto: T1232438
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