Xuxa - a louca
Embebedados sempre de alegria
Zombamos da coitada em seus trejeitos!
No entanto, para Deus, não são eleitos
Os que sofrem as dores da ironia?
E “Xuxa, a louca” sofre dia e noite,
A fome, o frio, a dor, os preconceitos;
Corre açoitada em ânsias, sem direitos
Em reclamar da nossa zombaria.
Não estranhes se um dia, quando mortos
À procura de paz e de outros portos
Formos todos ao Céu, perante o Eterno,
E lá, sentada, em luz divina e flores,
“Xuxa, a louca”, feliz, nos resplendores
E nós... mandados aos confins do inferno!...