Xuxa - a louca

Embebedados sempre de alegria

Zombamos da coitada em seus trejeitos!

No entanto, para Deus, não são eleitos

Os que sofrem as dores da ironia?

E “Xuxa, a louca” sofre dia e noite,

A fome, o frio, a dor, os preconceitos;

Corre açoitada em ânsias, sem direitos

Em reclamar da nossa zombaria.

Não estranhes se um dia, quando mortos

À procura de paz e de outros portos

Formos todos ao Céu, perante o Eterno,

E lá, sentada, em luz divina e flores,

“Xuxa, a louca”, feliz, nos resplendores

E nós... mandados aos confins do inferno!...

Lucan
Enviado por Lucan em 16/03/2006
Código do texto: T124184