Possível, sim

Cria eu, no mundo, maneira não haver

De querer de novo, assim, e amiúde.

Quis ter pra mim sempre farta saúde

De modo a tudo amar e não sofrer.

Fácil, deveras, sabia eu não ser.

Todavia, ainda espero que isso mude,

Posto que o medo, esse covarde rude,

Tenta a possuir-me por merecer.

Valendo-me, pois, da energia tua,

Cubro-me de coragem e vou à rua

Pois sei o que meu peito quer que eu faça:

Espera ele que eu logo perceba

Que amar de novo é possível, e que beba

Do líquido do amor, sem ameaça!

Preto
Enviado por Preto em 27/10/2008
Código do texto: T1249989
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