Cinzas do vinho

De mais um trago

Absorvo esta chaga

Que em meu peito apago

Fio cortante da adaga

Sangue negro de um mago

Névoa sublime que apaga

Vem, oferece tua sangria

Que de um cálice transborda

Das profundezas a alegria

Em mais um sonho não acorda

As cinzas tocam o chão

Teu sangue não mais goteja

Acabou-se outra ilusão

A taça de tua peleja.

Salomão Santiago
Enviado por Salomão Santiago em 28/10/2008
Código do texto: T1253284
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