Contrastes VIII

Na dança viva, ao sabor do vento,

nem lento nem veloz, porém constante,

diante dum futuro de incerteza,

certeza dum passado em movimento

no codificador helicoidal,

central de informações dos seres vivos,

arquivo em constante evolução,

prisão e liberdade, bem e mal.

E neste microscópico contraste

de hastes retorcidas entre si,

a vida em profundo estupor

em contraposição ao mundo externo

de inverno e de verão, de água e fogo,

um jogo contrastante e multicor.