10.
Acordo, a cidade inda deitada
Escura, da morte o mais puro viso
Levanto, em cada passo eu agonizo
O calmo inferno que é esta declarada.
O céu ( quando aparece em madrugada )
É a voz de Deus, que me avisa:
" Pegue a Poesia inteira, e revisa
Que a cidade por ela será tomada "
Procuro minha espada esmerada
Um conselho peço a Deus, e já cochila
Não escuta a Poesia declamada.
Esvoaçante, destemida, agressiva
Tomando forma de mulher clara e tão bonita
A alma una, desencarcerada.