10.

Acordo, a cidade inda deitada

Escura, da morte o mais puro viso

Levanto, em cada passo eu agonizo

O calmo inferno que é esta declarada.

O céu ( quando aparece em madrugada )

É a voz de Deus, que me avisa:

" Pegue a Poesia inteira, e revisa

Que a cidade por ela será tomada "

Procuro minha espada esmerada

Um conselho peço a Deus, e já cochila

Não escuta a Poesia declamada.

Esvoaçante, destemida, agressiva

Tomando forma de mulher clara e tão bonita

A alma una, desencarcerada.

Guilherme Bastos L
Enviado por Guilherme Bastos L em 31/10/2008
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