Solidão/ com áudio

Solidão que -pelas costas- me apunhala

sem que eu possa -nem ao menos- defender-me;

é uma dor que lá no fundo se instala

massacrando o coração e a render-me.

Solidão que me transforma num deserto

sem camelos que me levem ao oásis,

sem a sombra da palmeira, que por certo,

curaria todo o mal que tu me fazes.

Me lambuzo nesta idéia de estar só

rodeado -como estou- pelos amigos

que aos poucos, fazem pouco, do meu nó.

Eu adoro quando eles trazem figos

pois me lembro que um dia tive avó

que tirava-me -em segredo- dos castigos.

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 04/11/2008
Código do texto: T1265639
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