JANELA INDISCRETA
Debruçado na janela
Do edifício do destino
Eu pude ver, com cautela,
A tua alma de menino.
Quanto romance na tela
Do teu estro cristalino!
As serestas, a donzela
E aquele amor genuíno!
Os teus versos de veludo
Do teu amor contam tudo
Sem um receio sequer.
Mas, diz agora, poeta:
Que segredo se aboleta
Em coração de mulher?!