Temente

Eis um caos disfarçado de folha:

Toda escolha retorna uma esfera.

Crua espera, me orna, me acolha,

Seja a trolha no estado quimera.

Noutra era que o dia transtorna,

Fui bigorna, quis ser reciclado.

Noutro lado o poder que suborna,

É o que torna a poesia o legado.

E um bocado de um sal vem temer,

Torpecer meu delírio que esfria,

Feito a cria de um lírio varrer,

Vou mais crer no sinal letargia.

E agonia, que berra em martírio,

Luz e círio quem erra seus maus.

Amargo
Enviado por Amargo em 07/11/2008
Código do texto: T1271491
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