SONETO DO ADEUS

 

 

Das palavras estudadas me despeço

Pois, outrora, éramos a cumplicidade!

Insanos amantes no mar... igualdade

E, hoje, migalha, a ti, humilde, eu peço!

 

Por ventura é a dor que, ora, professo

Um clamor de socorro na obscuridade?

Fruto amargo... chamada sinceridade

Sob a qual o teu sentir se faz expresso?

 

Vencida, pela indiferença, confesso:

Motivo não há para seguir na luta!

Quando a emoção se transforma em permuta

 

É porque o desamor brilha forte e impresso

Incinerando o sonho de infame egresso...

E a sensatez a razão não mais escuta!