Fabela da coruja e o gavião
—Bom dia compadre! Por que vagueias?
—Ando à procura de matar a fome.
Quisera ter nascido um bicho homem,
pra qualquer outro me servir de ceia!
Pávida, a coruja titubeia
e num chilreio pede ao gavião:
—Oh, Meu compadre! Os meus filhos, Não!
São muito belos pra fartar-te a ceia.
—Mas só procuro criaturas feias
e ainda assim vivo a morrer de fome.
Por que eu não nasci um bicho homem!?
A coruja, com dor no coração,
entrega-o um ovo em gestação:
—Prefiro dar-te um filho a ver-te homem!
O homem inventou o lobisomem,
e deu-se (corpo e alma) à ficção.
—Bom dia compadre! Por que vagueias?
—Ando à procura de matar a fome.
Quisera ter nascido um bicho homem,
pra qualquer outro me servir de ceia!
Pávida, a coruja titubeia
e num chilreio pede ao gavião:
—Oh, Meu compadre! Os meus filhos, Não!
São muito belos pra fartar-te a ceia.
—Mas só procuro criaturas feias
e ainda assim vivo a morrer de fome.
Por que eu não nasci um bicho homem!?
A coruja, com dor no coração,
entrega-o um ovo em gestação:
—Prefiro dar-te um filho a ver-te homem!
O homem inventou o lobisomem,
e deu-se (corpo e alma) à ficção.