Venhas tu com a boca molhada,

Desdenhar dos meus impulsos.

Mantenha a vontade entrelaçada,

Atrelada à tez e sem recursos.

 

Se entregue a apneia desnorteada.

 Oculte-se nos quentes ósculos,

Dê a língua úmida e avermelhada,

Aos meus tantos desejos intrusos.

 

Que cumprem o anseio de invadir.

Fazendo o anátema lânguido cair,

Na raiz do momento e em ocasião.

 

E então se tudo não mais existir,

Ficará o sinal para o amor sorrir,

O segundo após a final explosão.

 

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 15/11/2008
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